“O que se passou se refere totalmente àquilo que ainda está por vir.”
– Bert Hellinger, O amor do espírito, pág 10
Muitas vezes temos problemas e barreiras na vida em questões de finanças, saúde, relacionamentos, profissão, etc. simplesmente porque estamos perpetuando acontecimentos do passado da nossa família.
E por que esse passado se repete?
Porque o tempo não existe de forma linear dentro de um sistema familiar e ele sempre busca o equilíbrio – mesmo através das gerações.
Desse sistema não herdamos apenas a genética, mas também as memórias de sua história. Estas memórias compõem o campo mórfico – que nos influencia através do tempo sem perder a intensidade.
Nele ficam gravados acontecimentos marcantes vividos por nossos antepassados: grandes amores, atos generosos, talentos e habilidades… assim como crimes, segredos, suicídios e traições.
Todas essas memórias afetam os descendentes que pertencem a esse campo e muitas vezes os impulsionam a saldar as dívidas do passado sem que sequer tenham consciência disso.
Portanto, descobrir nossas ligações inconsciente com nosso sistema familiar permite esclarecer o que acontece conosco e nos dá uma chance de fazer com que o passado pare de se repetir.
A constelação é uma ferramenta que viabiliza tal movimento pois nos auxilia a equilibrar o que foi desequilibrado no passado.
É por isso que a constelação é diferente de outros métodos e terapias que pressupõe que as soluções que desejamos ocorrem na mente consciente: como os problemas mais profundos e resistentes estão localizados no campo mórfico, é com a constelação que podemos nos libertar de padrões repetitivos.
Para que isso aconteça é necessário que a constelação seja feita dentro das Ordens da Ajuda – e também é necessário que quem é constelado assuma a sua responsabilidade até este momento, sem se colocar como vítima ou procurar explicações que não lhe cabem.
Quando estes dois fatores são cumpridos, a constelação proporciona que soluções e sejam percebidas e que um novo caminho se abra para o futuro.
Texto de Marcos Alexandre. Reprodução permitida com crédito para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.