Crianças com autismo, hiperatividade e déficit de atenção


Autismo, hiperatividade e déficit de atenção: tudo isso parece ser muito comum atualmente nas crianças.

Se Bert Hellinger dizia que as crianças sempre são inocentes, por que tantas crianças apresentam essas síndromes?

As dinâmicas do autismo são semelhantes às dinâmicas da esquizofrenia e estão muito ligadas a segredos de família: algo que não pode ser falado mas que precisa ser visto e reconhecido. A criança muitas vezes tenta trazer de volta um excluído do sistema familiar – pois sempre que alguém é excluído, um membro da família de uma geração posterior ficará identificado com o excluído e tentará restaurar o seu pertencimento.

A hiperatividade muitas vezes mostra que a criança quer ser vista por seus pais ou cuidadores e portanto faz tudo para chamar a atenção deles. Mesmo que os pais e cuidadores estejam fisicamente presentes e atentos, a criança não sente que eles olham para ela porque eles estão olhando para seus próprios emanharamentos sistêmicos.

Na pedagogia sistêmica vemos que não existem crianças com déficit de atenção: existe apenas uma criança com atenção em outro lugar que não é a escola. Elas estão com a atenção voltada para casa e para os pais que não assumem suas responsabilidades e não resolvem suas questões. Assim, a criança fica em vão tentando fazer algo por eles. Nas Aulas Práticas de Dinâmicas para Constelações Familiares há um módulo sobre dinâmicas para a área da educação em que ficam muito claras essas causas do déficit de atenção e suas soluções.

Vemos então por que medicamentos não resolvem estas questões: eles não curam as síndromes pois apenas atuam nos sintomas, portanto as síndromes vão continuar enquanto não forem tratadas em suas verdadeiras causas.

O Volume 9 da Comunidade Acadêmica para Estudos de Constelações Familiares trata de crianças e síndromes com muitos detalhes sobre como isso acontece e também com boas práticas para ajudantes. São 8 maneiras de terapeutas e consteladores realmente ajudarem em situações de crianças com autismo, hiperatividade, déficit de atenção e outras síndromes.

No material deste Volume percebemos o quanto as síndromes das crianças são formas de elas mostrarem para os pais o que eles não querem ver e ela não consegue dizer – pois nem ela sabe de forma consciente: ela apenas está emaranhada no sistema familiar, sendo fiel a ele e tentando de alguma forma equilibrá-lo.

Porém uma criança não consegue fazer isso: só um adulto consegue. Por isso não se faz constelação com crianças nesses casos. Os pais precisam assumir seus lugares, olhar para o que estão negando e tomar atitudes para resolver suas questões.

Texto de Marcos Alexandre. Reprodução permitida com crédito para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.

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