“Toda a vida é trabalho. A vida pode conservar-se somente porque trabalha. O corpo físico trabalha a todo o tempo. Mas é um trabalho feito com alegria. E eu creio que esta é a palavra-chave para o sucesso.”
– Bert Hellinger em um seminário em Roma
A nossa vocação e a nossa profissão têm uma razão de ser: nos permitir servir à nossa própria vida – e com ela, servir à vida dos outros.
Porém nem sempre isso pode ser feito facilmente e com êxito.
Muitas vezes as pessoas se dedicam a profissões para tentar equilibrar algo que faz parte do seu sistema familiar. Um médico, por exemplo, pode estar desejando salvar alguém da família – ou ainda, ocupando o papel de alguém que tentou ser um salvador.
Nesse sentido sempre é importante que cada um perceba o seu lugar, pois só a partir dele é possível fazer algum bem para si mesmo e para os outros.
Muitas vezes também as pessoas se recusam ou não conseguem seguir a sua vocação por alguma razão sistêmica que as impede de chegar ao sucesso, como é o caso das lealdades invisíveis em que alguém segue repetindo os passos de um antepassado que não conseguiu ter uma vida profissional plena.
Além desses casos que atuam no âmbito pessoal, também temos que perceber que as profissões têm o seu próprio campo mórfico.
Na página 141 do livro O amor do espírito, Bert Hellinger diz que quem pertence a uma determinada profissão encontra-se em um campo mórfico. Isso significa que há um determinado padrão que se repete – ou seja, o campo age como uma consciência. Quando os membros dele se permitem pensar sobre algo de forma diferente, sentem-se desconfortáveis ou até mesmo com medo e sentirão a consciência pesada.
Na página 33 do livro Lei sistêmicas da assessoria empresarial, Bert Hellinger nos deixa uma meditação de percepção sobre o nosso relacionamento com o trabalho:
Fechem os olhos. Olhamos para a nossa empresa, o nosso trabalho e a nossa profissão e sentimos em nós o movimento interno ao qual a nossa empresa, o nosso trabalho e a nossa profissão respondem. Eles se distanciam de nós ou vêm em nossa direção com amor? Podemos ir em direção a eles com amor, uma alegria confiante e preenchidos? Sabemos e sentimos, com eles, estarmos a serviço da vida, em um movimento que faz os outros felizes? Ou será que nos sentimos atraídos em direção a um morto ou a alguém que foi excluído por nós e por nossa família? Talvez por que nós e nossa família nos sintamos culpados perante eles? Agora, olhamos para essas pessoas com amor. Abrimos o nosso coração para elas e damos a elas um lugar em nosso amor e em nossa vida e dizemos a elas: “Sim”. Unidos a elas dessa maneira, olhamos novamente para a nossa empresa, para o nosso trabalho e para a nossa profissão. Assim como dissemos sim àqueles que havíamos excluído de nosso amor, dizemos sim à nossa empresa, ao nosso trabalho, à nossa profissão. Dizemos sim com amor e sentimos a diferença em força e energia nova.
É interessante perceber que, quando é feita dentro das Ordens da Ajuda, a constelação traz revelações profundas não apenas para assuntos de saúde, finanças ou relacionamentos: ela também atua na esfera profissional, podendo esclarecer questões e ajudar a encontrar soluções que levam ao sucesso.
Texto de Marcos Alexandre. Reprodução permitida com crédito para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.
