Não existem inocentes em uma traição.

Qualquer que seja a sua causa, a responsabilidade é de todas as pessoas envolvidas pois ela indica que alguma lei sistêmica não é respeitada.

A traição pode acontecer por uma violação da lei do equilíbrio, por exemplo: quando alguém dá mais do que recebe em um relacionamento, o parceiro é levado a se afastar emocionalmente e trair como forma de ir embora de tal situação.

Outra causa da traição é um dos parceiros não ficar disponível ao outro por estar envolvido de forma inconsciente em emaranhamentos sistêmicos.

Na página 121 do livro Ordens do amor, Bert Hellinger diz que a fidelidade deve resultar do amor. Muitas vezes nos relacionamentos também não há mais amor e o parceiro que ainda ama prende o outro a expectativas e obrigações que ele não pode cumprir.

E ainda a traição pode acontecer quando um dos membros do casal não tomou os pais e espera do outro uma equivalência que nunca poderá ser alcançada.

Todas estas questões não são facilmente percebidas e fazem com que o relacionamento fique em perigo. É por isso que não adianta perdoar uma traição – pois traições não acontecem em relacionamentos saudáveis e a responsabilidade de manter um relacionamento saudável é sempre igualmente dos dois parceiros. 

Portanto, o perdão não funciona pois não trata as raízes verdadeiras da questão – e na verdade geralmente ainda causa mais desequilíbrio. Como diz Bert Hellinger na página 22 do livro Liberados somos concluídos, “o perdão do mal coloca um ponto final na troca do bem.”

A solução é entender o que realmente está por trás da situação. Assim é possível encontrar uma conclusão harmoniosa dentro das leis sistêmicas que regem os relacionamentos.

Como estão seus relacionamentos no que diz respeito a tudo isso? 

(Texto de Marcos Alexandre. Reprodução permitida com crédito para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.)

Assista aqui à live com Marilise Einsfeldt e Marcos Alexandre abordando este tema