A ideia de que só podemos ficar bem se nossos familiares estiverem bem remete diretamente ao conceito de amor cego. É este o tipo de amor que causa doenças e dificuldades.

Quando um pai diz: “se meus filhos estão bem, então eu estou bem”, ou um irmão diz: “se meus irmãos estão bem, então eu estou bem”, um grande peso é colocado em todos os envolvidos. Quem diz isso ficará sempre frustrado pois condiciona a sua felicidade a outras pessoas – que por sua vez não podem (nem devem) arcar com tamanha responsabilidade. Portanto, é uma postura em que todos ficam prejudicados.

É normal querermos que nossos familiares estejam bem. Mas as pessoas não são como queremos. Os membros de uma mesma família são seres humanos únicos, cada um com seus enfrentamentos e questões a superar. 

Esse amor que diz que os outros precisam estar bem para que eu fique bem é em vão pois não faz ninguém avançar. 

Respeitar as escolhas de cada um e dar um exemplo de que é possível ser uma pessoa feliz e realizadora é uma verdadeira ajuda. Quanto mais prósperos e saudáveis formos, mais poderemos ajudar – não só a família mas também a humanidade.

Essa é a postura de um amor claro. Este é o tipo de amor que cura, liberta e constrói.

Uma constelação pode nos mostrar como estamos emaranhados no amor cego e qual o caminho para o amor claro. E assim podemos fazer nossas escolhas.

(Texto de Marcos Alexandre. Reprodução permitida com crédito para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.)

Assista aqui à live de Marilise Einsfeldt e Marcos Alexandre abordando este tema