A sua boa e a sua má consciência

Todos pertencemos a um sistema familiar – e alguns de nós a mais de um.

O primeiro sistema familiar é a nossa família de origem: pai e mãe. Independente de conhecermos ou convivermos com os pais biológicos, é deles que viemos e deles herdamos nosso campo morfogenético. Como dizia Osho, “você está aqui por causa de seus pais e tudo o que acontece com você é, de certa forma, por causa deles.”

O segundo sistema familiar é que formamos com companheiros e filhos, e assim podem surgir vários novos sistemas familiares. 

O sistema familiar mais importante é o primeiro – mas os posteriores têm precedência à medida que são constituídos. Quando essa ordem não é respeitada, surgem conflitos pois somente há evolução quando se deixa a “boa consciência” em direção à “má consciência”.  

A boa e a má consciência não têm relação com algo bom ou mau: trata-se do vínculo de pertencimento familiar. Uma boa consciência significa: eu pertenço a este sistema e faço o que é esperado de mim e considerado correto nele. Uma má consciência significa: eu faço algo novo e diferente dos outros membros do sistema, mesmo com receio de perder o meu direito de pertencer.

O senso de pertencimento e a oscilação entre a boa e a má consciência são movimentos ocultos e inconscientes. É por isso que tantos conflitos nunca são resolvidos: porque não nos damos conta que nossos comportamentos e atitudes não são individuais e sim que são orientados e que devem ser entendidos no contexto de um sistema maior desconhecido.

A constelação é a maneira de conhecer estas questões tanto na família de origem quanto nas que são formadas posteriormente. Outras terapias não conseguem tratar estas questões porque elas só podem ser abordadas quando forem conhecidas

Vemos assim como a constelação permite que o fluxo natural e ordenado seja restabelecido entre os membros de um sistema familiar ao revelar a verdade por trás dos conflitos e trazer equilíbrio e cura a seus membros para que eles possam avançar na vida agindo de maneiras novas e mais conscientes.

(Texto de Marcos Alexandre com base em adaptação do artigo What is family constelation therapy de Svagito Liebermeister. Reprodução permitida com crédito para o autor e para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.)

Assista aqui à live com Marilise Einsfeldt e Marcos Alexandre falando sobre este assunto