A Constelação pode mudar meu carma?

Muitas pessoas que têm problemas que se repetem ou que parecem insolúveis dizem “Isso é um carma”, como se estivessem condenadas a um castigo eterno.

Na verdade ninguém está condenado a uma vida disfuncional. Há apenas as pessoas que não compreendem as origens dos fardos que carregam e por isso não conseguem se libertar deles.

Carma significa simplesmente a relação entre causa e efeito. É a famosa terceira lei de Newton de ação e reação conhecida pela ciência desde 1687. Porém, é importante é saber que as causas que têm efeitos em nossa vida hoje não são apenas as nossas próprias ações.

Por ser uma abordagem multigeracional, a constelação familiar revela que assim como existe o inconsciente coletivo também existe um inconsciente único familiar formado pelas ações e reações de nossos antepassados às diversas experiências da vida.

Esse é o nosso campo morfogenético, no qual nosso emaranhamento inconsciente pode causar conflitos, doenças e dificuldades.

De forma simplificada, podemos dizer que existe uma herança viva de nossos antepassados que nos afeta através do tempo. A constelação familiar então traz um novo equilíbrio ao campo morfogenético para resolver questões.

Esta é uma jornada importante de crescimento e de solução de desafios para nós mesmos e para as gerações futuras da nossa família. Ganhamos a vida dos nossos antepassados e a eles devemos honra, respeito e gratidão – mas também precisamos nos soltar de lealdades invisíveis, segredos, responsabilidades alheias que nos prendem.

Trata-se de uma libertação em várias áreas da vida, como saúde, negócios, relacionamentos, etc. Como dizia Bert Hellinger: “Quando os bloqueios são liberados, a alma começa a se mover novamente.”

A constelação nos dá uma escolha e a força para acabar com padrões antigos e melhorar o futuro para todos.

(Texto de Marcos Alexandre inspirado pelo artigo Dealing with difficult people from a karmic perspective, de Yildiz Sethi. Reprodução permitida com crédito para o autor e para o Boletim CONSTELAR de Marilise Einsfeldt.)