A cura é um fenômeno de ressonância. Com o estímulo correto, em segundos o corpo é capaz de se reorganizar para que doenças desapareçam. Nas Constelações isso é possível porque o constelador age como um catalisador para que o paciente entre em contato direto com o posicionamento que resolve seus anseios. Assim seu corpo gera condições de autocura.

Mas não é só isso. Outros participantes do grupo também entram em movimentos de cura e o efeito das intervenções vai além do próprio paciente. Então é claro para mim que a medicina integral deve incluir o sistema familiar.

Em Washington em 2004, constelei um médico que havia sido operado várias vezes de câncer ósseo e estava com metástases hepáticas e pulmonares. Os movimentos mostraram uma relação entre a doença e a mãe. A intervenção essencial foi apenas uma frase. Meio ano depois ele me escreveu dizendo que estava livre do câncer pois descobriu a verdade através dessa frase não convencional que nenhuma mãe poderia expressar espontaneamente.

Então na Constelação o paciente reconhece onde está preso. Aqui não se trata de mudar o comportamento, mas de mudar posições fundamentais. Somente quem está em harmonia com seu passado tem futuro.

Uma vez uma mulher participou de um grupo. Seus três filhos tinham neurodermatite grave. Na Constelação descobriu-se que quando jovem o pai dela estivera em uma guerra, mas nunca falou sobre isso – e que os filhos dela estavam ligados a companheiros do avô.

Após a Constelação feita, certa tarde quando a família estava junta, o pai da mulher começou a chorar e contou que lutou na Rússia e que seu pelotão foi cercado. Só ele conseguiu fugir, e assistiu ao longe seus companheiros sendo queimados vivos.

Em um grupo em Barcelona, uma paciente tinha perda crônica da voz. A Constelação mostrou que ela havia sido abusada por um vizinho quando jovem e que nunca ousara contar a seus pais.

Meses depois encontrei-me novamente com a paciente – que me disse que depois da Constelação não tivera mais sintomas e que o relacionamento com a mãe havia melhorado.

Em Madri trabalhei com uma mulher que sofria de câncer de ovário. Na Constelação vi que sua avó morreu durante o nascimento de seu pai. Aqui estava a relação com os sintomas: a avó havia morrido por um filho e o câncer de ovário impede a gravidez.

A mulher estava doente pois estava posicionada no lugar da mãe de seu pai.

Certa vez constelei uma família com um filho de 9 anos de idade que sofria de uma doença autoimune. A Constelação mostrou uma relação com o bisavô dele, que na primeira guerra mundial lutou pela França contra a Alemanha e na segunda guerra mundial lutou pelos alemães contra os franceses. O bisneto estava identificado com esse conflito e seu corpo o trazia à luz.

Na doença de Crohn tenho observado curas espontâneas clinicamente confirmadas após Constelações em pacientes pré-cancerosos submetidos a exames regulares. Os médicos confirmaram as evidências de cura depois das Constelações.

Bert Hellinger descobriu os movimentos da alma e do espírito. O corpo está ligado à alma e ao espírito, por isso a cura do corpo só pode ocorrer de acordo com os movimentos da alma e os movimentos do espírito.

(Adaptação de trechos de uma entrevista de Stephan Hausner para Marianne Franke)